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Acessibilidade
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DADOS HISTÓRICOS
A cidade surgiu com a construção do leito da Estrada de Ferro São Paulo Railway (SPR), em 1867 ligando Jundiaí a Santos, Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que hojev se integra à Rede Ferroviária Federal (RFF), para o transporte de café dos fazendeiros da zona Bragantina. Em 1880 o sítio integrava também Ivoturucaia, que, de acordo com o livro histórico de Manoel Tavares da Silva, possuía posto de telégrafo, de propriedade de João Antonio da Silva e sua mulher, ambos pioneiros de Campo Limpo.
O povoamento teve início da atual rua Joaquim Pereira Pinto, onde foram construídas casa de sapé para trabalhadores da ferrovia. Através de plebiscito, foi garantida a emancipação, efetivada em 1965, com a instalação do município.
Formação do Município
Campo Limpo tornou-se município independente em 28 de fevereiro de 1964, pela Lei Estadual nº 8092/64, separando-se do Município de Jundiaí.
Em 1969 o topônimo foi alterado para Campo Limpo Paulista. Principal indústria: Krupp Metalúrgica Campo Limpo, instalada em 1961, numa área doada pelo Instituto Brasileiro do Café, de um milhão de metros quadrados, mediante o pagamento simbólico de um milhão de cruzeiros.
Dados do Município
Área do Município: 84 km2
Distância da Capital: 60 Km
Principal Atividade Econômica: Metalurgia
Bancos
Banco do Brasil
Bradesco
Caixa Ecônomica Federal
Itaú
Santander
SÍMBOLOS MUNICIPAIS
BANDEIRA
A bandeira do município, assim como o hino e o brasão, foi oficializada pela Lei Municipal nº 264, de 29 de março de 1971. O seu formato e características são definidos no art. 6º e no parágrafo 1º, da referida lei.
A autoria é de Arcinóe Antonio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, e o estilo da bandeira obedece à tradição heráldica portuguesa.
A bandeira é dividida em sautor (símbolo heráldico na forma de uma cruz diagonal ou letra X), sendo os quartéis do verde constituídos por quatro faixas brancas carregadas de sobre faixas vermelhas, dispostas de duas em duas de banda e em barra, e que partem dos vértices de um retângulo central branco onde o Brasão Municipal é aplicado.
BRASÃO
Brasão de Campo Limpo Paulista Este símbolo, com vários significados, foi oficializado, junto com a bandeira e o hino, por meio da Lei Municipal de nº 264, de 29 de março de 1971. O escudo utilizado para representar o brasão de armas de Campo Limpo Paulista foi do estilo introduzido em Portugal, por influência francesa, herdado pela heráldica brasileira junto aos colonizadores (A heráldica refere-se à ciência e à arte de descrever os brasões de armas ou escudos).
A coroa mural, símbolo universal dos brasões de domínio, é prateada e conta com seis torres, das quais quatro são visíveis no desenho, classificando a cidade como sede de município. A prata é o símbolo de paz, trabalho, amizade, prosperidade, pureza e religiosidade. As engrenagens, colocadas no centro do brasão, registram o parque industrial liderado pela Krupp. Os dois eucaliptos lembram as áreas verdes, sendo que a ponta verde que aparece entre as duas espécies registra a formação montanhosa do município, lembrando a Serra dos Cristais e a do Botujuru, além do Pico do Mursa, com toda sua altura, simbolizado pela elevação abaixo da engrenagem maior.
O verde é símbolo de civilidade, cortesia, alegria e abundância. A faixa prateada representa o rio Jundiaí. A locomotiva lembra o importante entroncamento ferroviário constituído da Estrada de Ferro Bragantina e da São Paulo Railway Company, atual CPTM, responsável pelo surgimento do povoado, que inicialmente foi constituído unicamente por ferroviários.
A cor vermelha simboliza sabedoria, moderação, austeridade e honestidade. Já as videiras representam a região jundiaiense, de onde a cidade de Campo Limpo Paulista foi desmembrada.
O brasão tem ainda o nome do município de Campo Limpo Paulista, ladeado pelos anos 1953 (data em que passou a distrito) e 1964 (data da emancipação política).
CULTURA DO MUNICÍPIO
História de Campo Limpo Paulista A Emancipação - O longo caminho “Meus senhores, minhas senhoras. Vamos iniciar a sessão de instalação do Município de Campo Limpo”. Com estas palavras, pronunciadas no dia 21 de março de 1965 pelo Dr. Duílio Nogueira de Sá, juiz de Direito e Eleitoral da Comarca, na sede do Nacional A. C., se encerrava o longo caminho, iniciado há 350 anos. O antigo distrito de Jundiaí tornava-se oficialmente o Município paulista de Campo Limpo, e seus moradores “campo-limpenses”.
No início chegaram a ser chamados de campistas, mas não pegou. Do longínquo 1615, ano em que a tradição popular indica como a data em que Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes, procurados pela justiça, refugiaram-se na área onde está situada a cidade de Jundiaí, como afirma o historiador Pedro E. Valim, em seu “Álbum dos Municípios de São Paulo”: “...embrenharam-se pelo sertão, e assentaram vivenda onde hoje está a povoação”, passaram-se exatamente 350 anos, o tempo necessário afim de que Campo Limpo, de bairro pertencente a Jundiaí, onde no século XIX, havia o entroncamento de duas estradas de ferro, a São Paulo Railway (SPR) e a Estrada F. Bragantina, que escoavam para o porto de Santos a produção cafeeira da região, se transformasse na dinâmica cidade que hoje conhecemos. Querendo dar um quadro cronológico das diferentes etapas dessa caminhada para a sua emancipação, poderíamos datar o seu início por volta de 1850, quando o Governo Imperial, e a administração provincial, no intuito de modernizar o País com a instalação de uma rede de estradas de ferro, resolveu dar uma garantia de juros, com pagamento em ouro, aos empreendedores desse, pela época, moderno, meio de locomoção.
Foi com esta medida, que garantia o apoio governamental, que Irineu Evangelista de Souza, mais tarde nomeado Barão de Mauá, se propôs a construir a primeira ferrovia da Província de São Paulo. Assim, em 1867, a SPR (S.Paulo Railway), depois de ter assentado seus trilhos partindo de Santos para São Paulo, após ter vencido o desafio do desnível da Serra do Mar, alcançava a cidade de Jundiaí. Para Campo Limpo, este fato representou apenas o começo.
A segunda etapa, que seria a definitiva para o crescimento da cidade, se deu 17 anos depois, em 1884, quando foi inaugurada a E. F. Bragantina, que partindo da cidade de Bragança, tinha seu terminal na “Parada Campo Limpo”. Em Bragança o acontecimento foi festejado durante três dias, durante os quais foram devidamente lembrados e homenageados os dois engenheiros que dirigiram os trabalhos: Martiniano Brandão e Matheus Hausler. Para Campo Limpo, se o caminho percorrido até aquele momento tinha sido lento e vagaroso, agora o passo procedia com rapidez.
Os poucos moradores daquele tempo perceberam que o bairro distante e abandonado de Jundiaí começava a pisar em terreno firme e sólido. Podia-se deslumbrar um futuro. Com as sucessivas crises que a produção cafeeira teve que atravessar, principalmente na primeira metade do século XX, Campo Limpo, para sair do atoleiro da estagnação de uma agricultura decadente, baseada na monocultura, procurou encontrar novos espaços no cenário industrial e tecnológico do País, que a partir dos anos 50 teve um grande impulso, estimulado pela política do governo da época. A instalação de grupos industriais, sólidos e tradicionais, com a conseqüente criação de novas oportunidades de trabalho, geradoras de renda com o aparecimento de atividades comerciais paralelas, produziu uma corrente de desenvolvimento que não podia mais ser detida.
Campo Limpo Paulista foi alçada à categoria de distrito do município de Jundiaí em 20 de dezembro de 1953, pela lei municipal no 2.456. Tornou-se município independente em 28 de fevereiro de 1964, pela lei estadual no. 8.092. Mas o então distrito conquistou sua independência após o movimento de emancipação, liderado pelo primeiro prefeito Adherbal da Costa Moreira. O plebiscito que aprovou a emancipação ocorreu em 1o de dezembro de 1963, e o primeiro prefeito tomou posse em 21 de março de 1965, data oficial da fundação do município.
A emancipação teve origem no descontentamento dos moradores com a administração central de Jundiaí, que não atendia convenientemente o distrito. O movimento ganhou força com a vinda da indústria metalúrgica Krupp, inaugurada em 1961 com as presenças do governador Carvalho Pinto e do presidente Jânio Quadros.A indústria foi o componente econômico que faltava para o processo inevitável da emancipação político-administrativa.
Campo Limpo se formou às margens das ferrovias S.P.R., a Companhia Inglesa depois Santos a Jundiaí, e a E. F. Bragantina, sediando o entroncamento das mesmas. Inicialmente abrigou ferroviários e pequenos agricultores. A agricultura era voltada para hortifrutigranjeiros e extrativismo vegetal. Havia também várias granjas, olarias, duas vinícolas e a fábrica de adubos Manah.
A origem do nome Campo Limpo é geográfica, pois os primeiros moradores vislumbraram um imenso campo limpo no local.
Através da Lei Estadual nº 9842, de 19/09/67, foi alterada a denominação da cidade para Campo Limpo Paulista, de maneira a não confundir com o bairro do mesmo nome, na capital. A comissão executiva do movimento de emancipação teve como presidente Adherbal da Costa Moreira e como presidente de honra o General Aldévio Barbosa de Lemos. A primeira legislatura teve como prefeito Adherbal da Costa Moreira e vice Joaquim Tavares da Silva. Fonte: CAMPO LIMPO PAULISTA: das origens ao terceiro milênio, Paulo Luiz Martinelli e Edoardo Coen.